Meu amor é sempre tardio, isso porque tenho vocação para sofredor. Recuso-me a lidar com a imperfeição do real, a confusão na comunicação humana, a falsidade do toque. Não insisto em ficar batendo com a cabeça contra a parede. As coisas deviam ser simples, e simples sempre foi-me ideá-las. Minha mente tem a chave, abre portas (comportas) e faz as pontes. Apago todas suas imperfeições, meu mais querido amigo imaginário, e por isso és tão vazio. A imperfeição é um charme que devia ser apreciado.
Pensei numa solução. Teria de apagá-lo, porque queria que fosse possível voltar ao início. Assim poderiam voltar os tempos em que "como você vai?" era uma pergunta que eu lhe dirigia com inocência, com interesse amigável; não mera função fática ou abertura de interrogatório.
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