quinta-feira, 28 de maio de 2015

Do escuro intermitente

Atiro-me inconsequentemente em teus braços.
(não por acaso um precipício)
O que mais pode-se querer?
Paz mundial, reconhecimento
um milhão de (coisas) reais
da árvore que ejetou (esses frutos)
essa flor (do mal) querer, e o despertar
(tanto mar) que me tem (acompanhado,
atado, embaraçado) e por fim,
desfaz-me de mim mesma
solitária sombra silente na
incorpórea presença de quem mente.
E quem foge (em meio ao matagal
à meia-luz) sem lentes,
se imiscuindo em meus nascentes.
Falésia!
Falácia
do falo impróprio
despencando
(ipsis litteris)
em meu abismo siléptico,
abrupta hipótese mimética.
Qual geleira impera?
(meu verso, teus olhos, o toque!)
És terra, mar, sal e água
permanente erosão (ação irreversiva)
não (me) esca(r)pas!
E o trato digestório (caminho que percorres)
que rumina tua saliva é
preenchido por insetos e lascívia.

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