O sentimento – paralisado
pelo medo?
A minha recusa de fé
Há o medo do escuro e há a
realidade
dos monstros no armário nas noites solitárias.
Se a língua transforma o
caos em cosmos,
o que é isso?
Tua língua em mim, lasciva,
tua imagem transfusa à
minha,
teus demônios cegando minha
rotina.
silêncio – paz aparente?
pretensão da calmaria
ignorante
de tudo o que permanece
condensado
nessa distância entre nós –
um palmo
em erupção, perigoso aperto
velado
amizade? embriaguez
subcutânea
olha, aí vem seu namorado.
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