sexta-feira, 17 de abril de 2015
Tudo que sabia fazer era citar, citar, citar. Não podia mais sentir, sentir, sentir. Conseguira até hoje muito bem sentir sem compreender – mas o tanto de estrago que já havia causado por causa disso! Se bem que o problema não fora sentir sem compreender (as pessoas pareciam incapazes de compreender o que nunca haviam sentido), não conseguira sentir sem exasperar, sensibilizar-se na ponta dos dedos. Conseguia seguir sem entender. Vive-se ainda que não se entenda, e quem foi o infeliz que primeiro afirmou que ter sensibilidade não é a mesma coisa que ter razão? Mas sentimento todos têm, sensibilidade nem não! Metodologia: tentativa e erro. Two wrongs don’t make a right, but maybe three, maybe four, maybe five... Te escrevo mais uma vez para aplacar minha inquietude, te escrevo agora que não mais me queres e sou livre! Livre para te idear como bem queira, agora que não posso mais conhece-lo. Mas você é compreensivo, você sente, você compreende, você tenta... e você acerta. Agora que não quer mais tentar. Tento desenhar teu rosto em minha mente com os poucos resquícios que deixou, teus hábitos de antigamente que adotei para mim, teu cigarro de palha, tua espera solitária. Você me recusa gentilmente – recusa doce, sutil, suave. Me é possível esboçar teu sorriso complacente, teu sorriso de quem não pode mais, de quem não quer... de quem solamente entende.
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