sábado, 29 de dezembro de 2012

E se te escrevo um poema?
É sempre às pressas
Mudez e pensamento que se atropelam

E se te vejo?
É sempre de relance
Pela fresta de uma porta
Ao pé da ventania
Com uma resma e mãos nos bolsos
O que me dás é ninharia

E me encontro no escuro!
Ouvindo os ecos da galeria
São teus passos, te aproximas

Não sabes?
Te anunciam mas não chegas
Se viesses, a mim ganharia

E se não declaro algo incerto
É que fechastes as janelas da galeria
É um sufoco, escuto teus ecos
A dádiva, decomposta, se desfaz
Desmorona
Era mesmo regalia.

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